Cecilia Maria Bacellar Sardenberg, coordenadora do site Observe - Observatório da Lei Maria da Penha -, comenta o machismo que levou ao desaparecimento de Eliza Samúdio. Impressiona saber que, quando a moça pediu proteção à Justiça, a juíza que analisou o processo afirmou que atender a seu pedido seria "banalizar a lei Maria da Penha", acrescentando que esta "tem como meta a proteção da família, seja ela proveniente de união estável ou do casamento, bem como objetiva a proteção da mulher na relação afetiva, e não na relação puramente de caráter eventual e sexual".
Não são apenas as "santas esposas" que precisam de proteção. Toda mulher ameaçada precisa ter sua vida protegida, simplesmente porque é mulher e está exposta ao machismo.
Eliza não podia ser julgada por ter participado de filmes eróticos, ou por ter tido "affaires" com quantos homens quis. A vida era dela. Errou a Justiça, gravemente, e a polícia, que não a protegeram. Erramos todos nós, que aceitamos deixar de proteger as Elizas do Brasil.
Leia:
As Elizas do Brasil e Suas Mortes Anunciadas
| Cecilia Maria Bacellar Sardenberg | Observe | 11-08-2010 |
http://www.observe.ufba.br/noticias/exibir/129
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