Publicado no jornal A Tarde p. 03, de hoje, dia 11/10/2010.
Tânia Miranda, historiadora, mestre em educação
tmiranda@sec.ba.gov.br
Em 3/10/1953, a Petrobras é fundada pelo então presidente Getúlio Vargas, após intensa campanha popular de cunho nacionalista, cujo lema, O petróleo é nosso, tomou conta das ruas do País. Numa sexta-feira, 24/09/2010, a Petrobras, sob o comando do economista e professor baiano José Sérgio Gabrielli, ascende à posição de 2ª maior empresa petrolífera do mundo. Duas datas que ficarão marcadas na história da primeira empresa 100% brasileira. A Petrobras hoje é um dos principais agentes de desenvolvimento do País. Boa parte dos seus investimentos é destinada a estimular a indústria nacional. Seus sucessivos lucros têm sido investidos na geração de emprego, renda e aumento da capacidade de produção.
Autossuficiente em produção de petróleo desde 2006, entra naquele ano para o seleto grupo de empresas cujo valor de mercado em bolsa supera US$100 bilhões. Em 2008, ultrapassou a toda poderosa Microsoft, tornando-se a 3ª empresa do continente americano em valor de mercado, a 6ª entre as maiores do mundo, a 3ª mais lucrativa das Américas, exceto o Canadá, passando a ocupar o 4º lugar no ranking das maiores petrolíferas de capital aberto do mundo.
Dados oficiais dão conta de que a atual capitalização elevou a Petrobras à 2ª companhia global de petróleo e à 4ª maior empresa do mundo em valor de mercado. Nesse ranking ficou à frente de companhias do porte da Microsoft, Walmart e General Electric. A operação fez com que fosse superada, entre as petrolíferas, apenas pela norte-americana Exxon. Permitiu também ao governo brasileiro elevar sua participação na empresa de 40% para 48%. Após espetacular aporte em seu capital, o valor da estatal no mercado de ações atingiu US$ 220 bilhões. Com mais capital, ela passa a ter maior capacidade de endividamento e mais fôlego para captar os bilhões necessários para estruturar a exploração do petróleo na camada pré-sal, com perspectivas incalculáveis de lucros para o País. E pensar que no governo de Fernando Henrique Cardoso quase foi vendida! O petróleo é nosso. A Petrobras também.
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